O menor ritmo de processamento na Argentina, em virtude das perdas na safra de soja e do atraso na colheita provocado pelo excesso de chuvas em março e abril, ajudou a impulsionar as exportações de farelo e óleo do Brasil em maio, observou o secretário geral da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos (Abiove), Fábio Trigueirinho.
No farelo de soja, o volume exportado aumentou 21,4% ante igual período do ano passado e 34,8% ante abril, para 1,928 milhão de toneladas. Quanto ao óleo, as exportações em maio atingiram 178 mil toneladas, volume 40,4% acima de maio de 2015 e 134,8% maior na comparação com abril.
“O mercado de farelo brasileiro se beneficiou da Argentina um pouco menos ativa”, destacou Trigueirinho. “Atrasou a colheita, as indústrias argentinas processaram menos soja, porque não chegou o produto na fábrica. Isso abriu uma oportunidade, o Brasil tinha produto disponível e embarcou.” Trigueirinho ponderou, entretanto, que essa situação é temporária e, com a finalização da colheita, a Argentina deve ter um programa de processamento de soja e exportação de derivados bastante forte este ano.