O diretor de Relações Institucionais da Perdigão, Ricardo Menezes, informou que a parada estava prevista no planejamento estratégico da empresa desde o fim do ano passado, quando percebeu-se um descompasso entre oferta e demanda. Estão descartadas demissões após esse período.
? Tanto as indústrias quanto os grandes compradores mundiais estão superestocados. É preciso uma racionalização da produção e, por isso, decidimos pelas férias para evitar desemprego. A parada não irá gerar demissões ? garantiu.
Dos 2,3 mil funcionários do setor de aves da Perdigão em Lajeado, mais de 90% pararão. O restante permanecerá trabalhando na manutenção da unidade e nas obras de melhorias ? a Perdigão está investindo R$ 60 milhões na cidade. Hoje, o setor abate 290 mil aves por dia. No retorno do trabalho, a capacidade aumentará para 320 mil aves por dia.
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Nos últimos três meses do ano passado, a venda de frangos ao mercado externo caiu 20%. A comercialização do principal produto de Lajeado ao Exterior rende, por ano, US$ 190 milhões ? mais da metade das exportações do município. Só a unidade da Perdigão em Lajeado foi responsável por mais de US$ 50 milhões em vendas no ano passado, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Ontem, cerca de 1,8 mil funcionários da Minuano, outra companhia do setor de frangos de Lajeado, retornaram ao trabalho após 30 dias de férias coletivas.
