Perdigão nega uso de antibiótico em frango enviado à Coreia do Sul

Carga foi rejeitada pelo país e será devolvida ao Brasil ou destruídaA Perdigão negou o uso do antibiótico Chloranphenicol no frango enviado à Coreia do Sul e em qualquer processo de criação de aves para a fabricação de seus produtos.A posição da empresa, enviada por comunicado, contesta a notícia veiculada por agências internacionais que informa que o Serviço de Investigação Veterinária e Quarentena da Coréia do Sul (NVRQS, na sigla em inglês) achou vestígios da substância em um carregamento de 23,5 toneladas de carne de frango pertencentes à Perdigão que chegou

A carga teria sido rejeitada e será devolvida ao Brasil ou destruída pelas autoridades sul-coreanas. A NVRQS teria pedido à Perdigão que não faça novos envios até a que a investigação seja concluída. Somente neste ano, a Coreia do Sul importou 2,6 mil toneladas de frango congelado do Brasil, das quais 470 toneladas foram da Perdigão.

A Perdigão ainda informou que “não foi notificada sobre o suposto fato pelas autoridades sanitárias da Coreia do Sul ou pelo Ministério da Agricultura. Procurado pela Agência Leia, o Ministério disse que não recebeu comunicação oficial do governo sul-coreano sobre o assunto.

O uso e a comercialização do antibiótico Chloranphenicol são proibidos pela legislação industrial e sanitária do país desde 1998. O Plano Nacional de Controle de Resíduos, desenvolvido pelo Ministérios da Agricultura, considerando amostras de 2006 a 2008, certificou que 100% dos testes relacionados à detecção da substância não apresentou o uso desse princípio ativo na agropecuária nacional.

? Perdigão reitera que as equipes técnicas de qualidade da companhia mantêm um rígido controle sobre todas as etapas de sua cadeia produtiva, procedimento que garante o cumprimento da legislação vigente no país e nos mais de 110 mercados internacionais onde a empresa atua ? disse a empresa, no comunicado.

O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), Christian Lohbauer, afirmou que casos desse tipo “aparecem e somem de repente”. Ele citou que recentemente houve um problema parecido em Cingapura, mas que foi provado que nada de errado havia nos frangos brasileiros.