? Devido a uma doença de meu marido, passamos a ir a São Paulo com uma frequência. Um dia, no consultório médico, conversando na sala de espera, contei a uma senhora italiana que criávamos búfalas e que eu fazia queijo muzarela de búfala. Ela me insistiu muito para que eu levasse para ela. Levei na semana seguinte. Na outra, ela trouxe uma lista de parentes e amigos que também queriam queijo. Nosso primeiro ponto de vendas foi um lá, no consultório médico ? conta a empresária.
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Atualmente, são mais de trezentos pontos de vendas no Brasil, além de muito reconhecimento no mercado. Na parede do escritório na fazenda, dá para conhecer um pouco da trajetória da dona Wilma, grande empresária do setor de alimentos no Brasil. São mais de 30 anos de história registrados em documentos e certificados.
? São certificados de participação em cursos. Tem a participação no Congresso Mundial, na Itália, o primeiro prêmio que eu recebi, em 98, o título de registro do nosso SIF, que é o máximo que se pode dar pra uma indústria. Aliás, com ele, eu posso vender queijo pro Brasil inteiro, não é só o Estado de São Paulo ? explica, orgulhosa.
A empresa de dona Wilma cresceu. Tem capacidade pra trabalhar com cinco mil litros de leite por dia. Nos produtos, a técnica artesanal de fabricação da famosa muzarela italiana e muita tecnologia para controle de qualidade. O que sai de lá chega a um mercado exigente.
Família
Outras duas mulheres participam da empresa. Marina Ferreira, a filha, e Juliana Ferreira, a neta de dona Wilma, são representantes comerciais. Têm a missão de fechar negócios. E, se está no DNA, a missão também de construir outras histórias de mulheres de sucesso.
? Trabalhar em família é muito gratificante, é muito enriquecedor. A minha mãe começou este trabalho há 35 anos, e a gente tem muito orgulho do que ela fez hoje ? diz a empresária Marina.
? Eu acho que a mulher está cada vez mais atingindo o mercado. A mulher ganhou uma força absurda e eu acho que é muito mérito de geração da minha avó e da minha mãe. Poder dar continuidade pra uma coisa que a minha avó começou é um orgulho, é uma realização. É maravilhoso ser mulher e poder estar com elas, com a minha mãe e com a minha avó ? afirma Juliana, também empresária.
Quando se pergunta para a dona Wilma o que foi fundamental para ter dado certo o negócio, ela não titubeia:
? A persistência. Se a gente ficar quieta, esperando, nada acontece. Deus diz: se ajude e eu te ajudarei.
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