O agricultor deixou suas terras produtivas no Rio Grande do Sul para encarar o desafio de plantar soja na Bahia. A meta agora é conseguir uma média de 100 sacas por hectare
A história de Belmiro Catelan é muito parecida com a de muitos produtores do Sul do país, que com coragem resolveram deixar suas propriedades estabelecidas e produtivas para encarar o desafio de abrir a fronteira agrícola do Nordeste do país. Mesmo desacreditado por amigos e conhecidos, deixou o Rio Grande do Sul para plantar soja na Bahia. A iniciativa deu tão certo que hoje a fazenda Guarani é referência em produtividade.
Com mais de 50 anos de experiência plantando soja, Catelan conta que no início ninguém da Bahia acreditava que ele conseguiria colher soja ali, devido a falta de chuvas e terreno arenoso. “Se a gente entrasse na conversa do pessoal, durante nossas visitas, teríamos desistido. Muitos outros foram embora. Todo mundo falava que a Bahia ia ser um deserto. Disso eu lembro bem”, se diverte ao contar.
Deserto para uns, mas oportunidade para outros. Com muito trabalho, aprendizado e ajuda da tecnologia, hoje a fazenda Guarani chega a produzir 75 sacos de soja por hectare. Belmiro sonha alto e quer aumentar a produtividade para atingir a marca de 100 sacos por hectare. Sempre respeitando a natureza e seguindo boas, boas práticas de sustentabilidade.
“A gente faz pensando no meio ambiente. Um exemplo é o fertilizante que nós usávamos com sacarias, passou para bag e hoje usamos a granel. As embalagens de herbicidas e fungicidas também foram mudadas para evitar o acúmulo. Já estou arrumando os depósitos alocar tudo isso., Estamos economizando e ajudando o meio ambiente também. Nós também temos captação de água da chuva, e coleta seletiva de materiais. Cada um tem o seu destino correto, diz Catelan.
O produtor não esconde o orgulho de ser uma referência para outros agricultores da região e dá a receita para garantir o sucesso.
“O primeiro item é o capricho. Depois é ter operadores e maquinários bons. A terceira dica é escolher um dia bom para plantar. E por fim ter uma estrutura boa para todos. Na fazenda tenho ótimos alojamentos, posto de combustível, oficina e cantina”, afirma Catelan.
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Confira abaixo a história completa: