Considerado o “pai da soja”, o cientista desenvolveu a primeira variedade do grão adaptado às condições do Cerrado
O pesquisador Romeu Kiihl é um dos mais importantes nomes da sojicultura brasileira. Se o Brasil hoje é o segundo maior produtor de soja do mundo, é fruto do trabalho de Kiihl. Nascido no interior de São Paulo, seu primeiro contato na agricultura foi com o café. A ligação com a soja começou apenas nos estudos de agronomia.
– Nos estudos, descobri que gostava de trabalhar com plantas de alta polinização. Como a soja era uma planta nesse perfil, eu peguei gosto. Hoje eu vivo a soja – explica.
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Romeu Kiihl começou a trabalhar com a oleaginosa na década de 1960, quando o Brasil produzia apenas 650 mil toneladas, sendo a principal produção na região Sul. A soja era uma cultura secundária.
Foi na base da tentativa e erro que o pesquisador começou a trabalhar na adaptação do grão para o Cerrado. E deu certo. Kiihl pediu para um colega agrônomo testar 50 linhagens de soja e que fizesse um relatório sobre germinação, floração e maturação. Com os dados, ele teve uma certeza.
– Quando recebi os resultados, ficou claro que, com a combinação de épocas de plantio, eu poderia selecionar soja com crescimento e ciclo adequado em qualquer lugar do Brasil, por combinação – lembra.
O melhoramento genético elaborado por Romeu Kiihl viabilizou o cultivado da soja em todo o país. Atualmente a região do Cerrado brasileiro tem a maior produção da oleaginosa. Não à toa, Kiihl é tem um apelido especial.
– Ele é conhecido como “pai da soja”, muitas pessoas do mundo todo vêm visitá-lo. É uma celebridade do mundo da soja – comenta o gestor de pesquisa Alexandre Garcia.
Apesar de todo o trabalho feito, com mais de 300 variedades lançadas, Kiihl possibilitou uma solução mais barata e mais acessível através do melhoramento genético. Ele acredita que é questão de tempo para o Brasil se tornar o maior produtor de soja do mundo.
– Seremos os maiores produtores de soja do mundo, eu não tenho dúvida. Olhando para tudo, eu ainda acho que estou no meu auge, mesmo com 70 anos. Eu trabalho come se estivesse começando hoje – completa Kiihl.
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