Isso indica que o bom resultado do emprego na indústria alcançado em fevereiro e divulgado na sexta, dia 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve continuar. A tendência é de que o quadro de trabalhadores nas fábricas volte para o nível pré-crise no segundo semestre deste ano, prevê o economista chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges.
Em fevereiro, pela primeira vez em 15 meses, o emprego industrial cresceu na comparação anual. A alta foi de 0,7% em relação ao mesmo mês de 2009, informou o IBGE. Mesmo assim, o nível de emprego em fevereiro, descontadas as influências típicas desta época do ano, ficou 4,5% abaixo do de setembro de 2008, o mês de referência antes do início da crise, segundo os cálculos da economista do Banco Santander Luiza Rodrigues.
Ela observa que, desde maio de 2009, o emprego vem se recuperando na indústria e frisa que houve uma aceleração nos últimos meses.
? Como a demanda interna está aquecida, é natural que as indústrias queiram contratar ? observa Borges.
Em março, 30,6% das 1.165 indústrias consultadas pela FGV pretendiam contratar mão de obra entre março e maio deste ano e 5,4% planejavam cortes. Nesta década, o resultado só foi superado pelo do mês anterior. Em fevereiro, 31,3% das indústrias planejavam contratações e 3%, demissões em três meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.