De acordo com o pesquisador da Epamig, Adriano Guimarães, os participantes obterão informações sobre o cultivo da palma para alimentação animal, além de seus diversos usos, inclusive na alimentação humana.
? Algumas plantas são mais apropriadas às zonas áridas e semiáridas por suportarem condições de falta de água, temperaturas elevadas e solos pobres que exijam poucos insumos ? explica.
Durante o evento, agricultores da região aprenderão sobre o correto preparo de mudas, de solo e sobre o plantio de palma forrageira. Esses agricultores serão responsáveis pela instalação de 10 unidades demonstrativas de palma forrageira em municípios pertencentes ao Território de Cidadania da Serra Geral. A previsão de instalação é no início de setembro.
Adriano explica que através do projeto de pesquisa “Avaliação da Palma Forrageira sob diferentes espaçamentos e adubação orgânica no semiárido norte mineiro”, essa cultura está sendo pesquisado na Fazenda Experimental de Gorutuba. Serão avaliadas duas espécies de palma forrageira: Doce ou Miúda (Nopalea cochenillifera Salm Dyck) e Gigante ou Graúda (Opuntia fícus-indica (L.) Mill), sob três espaçamentos, com e sem adubação orgânica (esterco bovino).
Segundo o pesquisador, esse projeto, desenvolvido em parceria entre Epamig e Emater-MG, pretende promover o aumento da oferta de alimentos para animais ruminantes durante o período de seca, nas regiões estudadas, além de capacitar agricultores familiares com técnicas de cultivo e uso da palma forrageira.
? Espera-se quebrar o paradigma sobre a prerrogativa de que a palma forrageira é de uso exclusivo de agricultores de terras inférteis e apresenta baixo potencial produtivo e de uso ? conclui.
O projeto “Avaliação da Palma Forrageira sob diferentes espaçamentos e adubação orgânica no semiárido norte mineiro” é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com o apoio Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Ciência e Tecnologia.