Pesquisa alternativa visa uso de palma forrageira para alimentação animal no semiárido mineiro

Evento em Minas Gerais apresenta resultados de experimentos para agricultura familiarA Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realiza, nesta quarta, dia 10, o dia de campo da Palma Forrageira, na Fazenda Experimental do Gorutuba, em Nova Porteirinha, no Norte de Minas Gerais. Durante o evento serão apresentados resultados de pesquisas sobre produção de palma forrageira para a agricultura familiar no semiárido mineiro.

De acordo com o pesquisador da Epamig, Adriano Guimarães, os participantes obterão informações sobre o cultivo da palma para alimentação animal, além de seus diversos usos, inclusive na alimentação humana.

? Algumas plantas são mais apropriadas às zonas áridas e semiáridas por suportarem condições de falta de água, temperaturas elevadas e solos pobres que exijam poucos insumos ? explica.

Durante o evento, agricultores da região aprenderão sobre o correto preparo de mudas, de solo e sobre o plantio de palma forrageira. Esses agricultores serão responsáveis pela instalação de 10 unidades demonstrativas de palma forrageira em municípios pertencentes ao Território de Cidadania da Serra Geral. A previsão de instalação é no início de setembro.

Adriano explica que através do projeto de pesquisa “Avaliação da Palma Forrageira sob diferentes espaçamentos e adubação orgânica no semiárido norte mineiro”, essa cultura está sendo pesquisado na Fazenda Experimental de Gorutuba. Serão avaliadas duas espécies de palma forrageira: Doce ou Miúda (Nopalea cochenillifera Salm Dyck) e Gigante ou Graúda (Opuntia fícus-indica (L.) Mill), sob três espaçamentos, com e sem adubação orgânica (esterco bovino).

Segundo o pesquisador, esse projeto, desenvolvido em parceria entre Epamig e Emater-MG, pretende promover o aumento da oferta de alimentos para animais ruminantes durante o período de seca, nas regiões estudadas, além de capacitar agricultores familiares com técnicas de cultivo e uso da palma forrageira.

? Espera-se quebrar o paradigma sobre a prerrogativa de que a palma forrageira é de uso exclusivo de agricultores de terras inférteis e apresenta baixo potencial produtivo e de uso ? conclui.

O projeto “Avaliação da Palma Forrageira sob diferentes espaçamentos e adubação orgânica no semiárido norte mineiro” é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com o apoio Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Ciência e Tecnologia.