– Alguns elementos podem ser considerados mais ou menos prejudiciais às plantas, aos animais e ao homem – explica o professor Luís Reynaldo Ferracciú Alleoni, do Departamento de Ciência do Solo da Esalq, coordenador da pesquisa.
Segundo ele, alguns elementos são nutrientes naturais e importantes para plantas e para o homem, mas que, em excesso, se tornam prejudiciais.
– Os dados coletados poderão servir de base para os órgãos ambientais dos respectivos estados comporem as tabelas de valores orientadores – conta Alleoni.
O professor lembra que a medida atende a uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), do Ministério do Meio Ambiente.
– O objetivo, em alguns anos, é que todos os Estados brasileiros tenham tabelas que indiquem as informações sobre os elementos químicos encontrados em seus solos nativos- informa.
Os valores indicados a partir das pesquisas poderão servir de base para ações dos respectivos governos estaduais de planejamentos de culturas agrícolas e atividades agropecuárias.
A partir dessas informações é que os órgãos ambientais e de pesquisa poderão realizar ensaios ecotoxicológicos para adotarem os “valores de prevenção” ou “alerta”.
– Uma terceira medida seria estabelecer os valores de investigação ou de intervenção, obtidos a partir da modelagem de risco à saúde humana, que teriam como objetivo definir valores máximos permitidos para implantação de projetos residenciais, industriais ou agrícolas, com objetivo de impedir ações que viessem a prejudicar o homem e a própria natureza – diz.
Os estudos integram um projeto de cooperação cientifica do Programa de Pós-Gradução (PPG) em Solos e Nutrição de Plantas da escola, com o PPG em Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia, com apoio da Capes, por meio do programa Procad Novas Fronteiras/2007.