Com essa delimitação de características será possível distinguir a cajuína produzida por aqueles que possuem uma regulamentação. O projeto de caracterização e de criação do selo será gerenciado pela Cooperativa Pró-Cajuína, com o apoio do Sebrae no Piauí. O laudo técnico que caracterizou a cajuína foi realizado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), tendo a consultoria de Roberto Castelo Branco, responsável pela pesquisa sensorial geográfica do produto.
Dentre os critérios considerados para a caracterização da cajuína estão: cor amarelada, brilho, homogeneidade, odor e aroma, frutado de caju, caramelização, pútrido, textura, corpo, sabor, gosto, adstringência, acidez, doçura e frio. Através desses aspectos será possível distinguir a cajuína produzida no Piauí. O comparativo para o levantamento desses dados considerou amostras de produtos fabricados com o caju nativo, o caju clone e o caju misto.
Conforme explica a gestora do Projeto Agroindústria do Caju do Sebrae no Piauí, Geórgia Pádua, essa iniciativa partiu da necessidade de melhorar o cenário da produção da cajuína no Estado.
? Essa necessidade de agregar valor e destacar os melhores produtos fez com que os produtores desejassem a padronização. Com essa caracterização vai ser possível criar o selo e, desta forma, apresentar produtos com mais qualidade e com garantias para o consumidor final ? explica a gestora.
Para o consultor Roberto Castelo Branco, a pesquisa feita serviu para validar a cajuína fabricada com as variedades de caju.
? O que foi visto é que o produto final apresenta poucas variações, ou seja, são quase imperceptíveis as diferenças da cajuína feita com o produto nativo, o clone e o misto. Isso faz com que os produtores possam se adequar mais facilmente, já que a pesquisa dá as orientações sobre como é o produto ideal para receber a certificação ? esclarece o consultor do Sebrae.