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Pesquisa desenvolve análise microbiótica do solo para aumentar produtividade da cana

Grupo de pesquisadores da USP pretende determinar quais microorganismos do solo beneficiam o canavialUma pesquisa inédita no Brasil desenvolvida pela Universidade de São Paulo pretende determinar quais microorganismos presentes no solo beneficiam a cana-de-açúcar. O projeto tem como objetivo mapear os elementos que aumentam a produtividade do canavial e, assim, traçar novas técnicas de manejo.  

Um grupo de estudantes do Departamento de Ciência do Solo da USP trabalha no mapeamento dos 30 mil organismos presentes nos diferentes solos dos canaviais de São Paulo. A meta é aumentar a produtividade e a sustentabilidade da cultura. O projeto conta com a participação de 15 usinas de diferentes regiões do Estado.

– Estimamos, pelas metodologias novas, que dentro de um grama de solo tenha um bilhão de células bacterianas, divididas em 30 mil espécies diferentes. Esse é um ambiente complexo e precisamos de metodologias robustas para entender como ele funciona. Mexer neste sistema para trazer benefícios para a cana já é possível atualmente – afirma o professor do departamento de Ciência do Solo da USP, Fernando Andreote.

O método consiste na coleta de amostras do solo, na determinação em laboratório do perfil da comunidade macrobiótica e no cruzamento destes dados com as características da região, como clima, manejo, produtividade e histórico da área.

Conforme o pesquisar Thiago Gumiere, o grupo ainda não sabe precisar quais elementos afetam a microbiologia do solo:

– A gente sabe que afetam, mas não sabemos se a aplicação de um adubo aumenta ou diminui a comunidade de uma bactéria e qual comunidade ela seleciona. Pode ser que a aplicação de um composto no solo traga bactérias para o solo cultivado que impeça o desenvolvimento de doenças, então essa é uma maneira indireta de defender a planta – diz o pesquisador.

O estudo busca indicar práticas agrícolas que aumentam a população de bactérias benéficas à cana. Essa mudança no solo poderia diminuir a necessidade de uso de adubos e fertilizantes e proporcionar maior produtividade.

– Esperamos gerar esse primeiro mapa biológico até o final do ano que vem. Em seguida, vamos testar algumas hipóteses dentro de áreas de produção para ver se os estímulos identificados como benéficos funcionam no campo. Isso pode gerar uma base científica para adotar novas práticas de manejo – diz Andreote

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