Para o diretor executivo da Unipasto, Marcos Roveri, o estudo comprova que a qualidade das cultivares de forrageiras é fator estratégico não só para pastagens, mas também para sistemas integrados e rotacionados, como, no caso, a soja.
? Quando somados aos outros fatores que podem influenciar na produtividade, alguns detalhes como a escolha da cultivar mais adequada para determinada região podem fazer a diferença entre lucro e prejuízo para o produtor ? defende Roveri.
De acordo com a pesquisa, no tratamento sem supressão, observou-se que a soja obteve maior índice de produtividade sobre a palhada do Mombaça, enquanto no tratamento com a supressão parcial, as maiores produtividades de soja foram obtidas sobre as palhadas de Mombaça e de Piatã. Quanto ao tratamento com supressão total, as maiores produtividades de soja foram encontradas sobre as palhadas de capins Mombaça, Piatã e Massai.
Rovari lembra que o sistema de plantio direto na palha é cada vez mais visto como o futuro da produção agrícola nacional, por se tratar de uma prática conservacionista e não agressiva ao meio ambiente.
? E as forrageiras terão papel cada vez mais importante daqui para frente, por se tratar de um dos componentes básicos desse sistema ? analisa o diretor executivo da Unipasto.
As cultivares de capins analisadas foram: Massai, Tanzânia-1, Mombaça, Xaraés e a BRS Piatã. Foram utilizados três métodos de controle: sem supressão, com supressão parcial (0,15 l/ha de nicosulfuron + 1,0 l/ha de atrazine) e com supressão total ( 0,8 l/ha de nicosulfuron + 2,0 l/ ha de atrazine).
Em 2008, anteriormente a essa pesquisa, agora anunciada, os capins BRS Piatã e Massai já haviam demonstrado competir menos com o milho, proporcionando maiores produtividades de grãos, incluindo a soja. No entanto, os pesquisadores Armindo Kichel e Roberto Giolo, da mesma Embrapa Gado de Corte, consideram necessários mais estudos para que tais características fiquem cada vez mais evidenciadas.