Um estudo realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) está trazendo avanços significativos para a produção de maracujá no estado. A pesquisa se concentra em aprimorar as técnicas de cultivo de uma das frutas mais valorizadas na região.
O maracujazeiro, da família Passifloraceae e gênero Passiflora, possui uma impressionante diversidade de espécies, com 465 variedades conhecidas, sendo aproximadamente 200 delas de origem brasileira. Essa riqueza genética torna o maracujá um recurso valioso para alimentação, medicamentos e ornamentação.
Um dos principais desafios enfrentados pelos produtores de maracujá é a germinação de sementes, especialmente as de passifloras silvestres, que parecem resistir a tentativas de germinação.
Para entender essa questão, a pesquisa se concentrou na maturação dos frutos e na morfologia das sementes. Técnicas avançadas de análise de imagens, incluindo o uso de raios-X, foram empregadas para identificar os pontos ideais de maturação e as condições adequadas de armazenamento.
Além das descobertas relacionadas à germinação, o estudo também identificou os níveis ideais de umidade para preservar a qualidade das sementes. Essas informações têm o potencial de revolucionar a produção de maracujá em Mato Grosso, permitindo que os agricultores aproveitem ao máximo a variabilidade genética da fruta.
Enquanto o foco principal da pesquisa está no aprimoramento do cultivo local, vale lembrar que o Brasil é líder mundial na produção de maracujá.
De acordo com o IBGE, o país produziu 690.364 toneladas da fruta.
Além de abastecer o mercado interno, o Brasil exporta a fruta em diversas formas, incluindo fruta fresca, conserva e suco concentrado.
A demanda internacional por esse sabor tropical tem impulsionado o crescimento econômico na indústria frutífera brasileira, com um aumento de mais de 91% nas exportações de suco de maracujá em 2021.