Os bancos recebem doação de alimentos considerados impróprios para a comercialização, mas adequados ao consumo. Os alimentos são repassados a instituições da sociedade civil sem fins lucrativos que produzem e distribuem refeições gratuitamente a pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar, principalmente creches, centros de atendimentos ao adolescente e igrejas.
Foram propostas recomendações para a melhoria do programa, como estimular a captação de alimentos, já que 72% dos bancos não fazem nenhum tipo de campanha para a captação. Algumas empresas relutam em doar por temerem exposição negativa na mídia, no caso de eventuais problemas de contaminação dos alimentos ou de intoxicação.
Outro problema apresentado é que 66% dos bancos consideram que o volume de alimentos distribuídos não é o ideal e gostariam de aumentá-lo. Dos entrevistados, 56% informou que não trabalham com sua capacidade máxima. Segundo eles, faltam recursos humanos, doadores, espaço físico, infraestrutura logística e de equipamentos.
A falta de mão de obra foi criticada por gestores. Deles, 72% consideraram que o número de trabalhadores disponíveis não é adequado às necessidades dos bancos. Os principais provedores de mão de obra para bancos são as prefeituras municipais (88%). O número de funcionários terceirizados também foi considerado alto (32%).
Os gestores também criticaram a falta de espaço adequado para atender às demandas do município (66%). Para solucionar o problema, gestores informaram que precisariam reformar a infraestrutura, ou buscar outro espaço.
As entidades beneficiadas também avaliaram os bancos de alimentos. A resposta foi positiva porque a importância das doações do banco de alimentos foi considerada indispensável para o funcionamento de 65% das entidades e importante para o funcionamento em 31% dos casos.
Mesmo com a importância dos bancos, 63% das entidades afirmam que os bancos suprem menos da metade de suas necessidades e 24% das instituições ficaram sem receber alimentos por três meses.