O levantamento feito com 120 entrevistados, entre eles, representantes de usinas, indústria de base, fornecedores de cana e prestadores de serviço, mostrou que 24% dos que opinaram consideram o alto nível das dívidas como o maior entrave para o crescimento do setor. Para outros 14%, a pouca profissionalização no segmento é o principal obstáculo e outros 12% dos entrevistados citaram a falta de qualificação da mão-de-obra.
A pesquisa apontou, ainda, gargalos pontuais em diversos elos da cadeira produtiva de cana-de-açúcar. De acordo com gerente de Pesquisa e Conhecimento no Centro de Serviço em Agribusiness da PwC do Brasil, Marco Antonio Conejero, no setor agrícola a flutuação dos custos de produção é o fator que mais preocupa para 28% dos entrevistados, seguido da baixa taxa de renovação dos canaviais, com 15%.
— É preciso gerenciar os custos e não simplesmente cortá-los — avaliou Conejero.
Já no setor industrial, a eficiência da produção é a principal preocupação para 32% dos entrevistados, seguida pelo relacionamento com o fornecedor com 23% das respostas.
O levantamento revela, ainda, que a tributação do etanol e o preço congelado da gasolina são os principais empecilhos para o crescimento da produção do biocombustível no país.