? A pesquisa faz uma projeção do uso na produção de biocombustíveis em larga escala no Nordeste, avaliando possíveis impactos econômicos, ambientais e sociais ? detalha.
As microalgas podem se desenvolver em água doce e salgada e têm características importantes para a produção de biodiesel. Segundo o pesquisador, o organismo tem a maior eficiência no uso da luz solar para produzir biomassa porque, diferente da soja e da mamona, por exemplo, não gasta energia para desenvolver estruturas como raízes e folhas.
Boll avaliou fatores como custo de produção, integração com a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, comparou a produção de microalgas com fontes como soja e mamona e desenvolveu um modelo matemático para otimizar o uso de terras cultiváveis na produção de biodiesel no Nordeste. A espécie avaliada foi Scenedesmus sp..
? De acordo com estudos preliminares, ela produz 8,5 mil litros de biodiesel por hectare, 12 vezes mais que a soja ? destaca Boll.
Mar de possibilidades
As microalgas são as principais responsáveis nos oceanos pela absorção do CO2 atmosférico. Fontes de proteínas, carboidratos, ácidos graxos, pigmentos e vitaminas, algumas espécies são usadas nas indústrias alimentícia e farmacêutica.
Na aquicultura, alimentam moluscos, crustáceos, peixes e o zooplâncton e melhoram a qualidade da água. Pesquisas apontam que elas podem ser usadas na produção biodiesel e cultivadas em regiões impróprias para atividades agrícolas para diminuir o efeito estufa.