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Pesquisa realizada no Paraná testa controle biológico de nematóides no café

Além de preservar as culturas perenes, pesquisa evita a contaminação do lençol freático por fungicidasNo Paraná, pela primeira vez o controle biológico de nematóides no café vem sendo experimentado. A pesquisa, além de preservar as culturas perenes, evita a contaminação do lençol freático por fungicidas.

Onde o nematóide ataca não há planta que resista. O verme se alimenta da seiva e impede a passagem de água e nutrientes para a parte aérea da planta. É nas raízes das plantas como o café que vivem os nematóides adultos. Por isso, em laboratório, são colhidas as amostras para identificar qual espécie está no solo.

Após a identificação, os pesquisadores fazem manejo rotativo da área com culturas que não propagam o nematóide. Em outro laboratório são cultivados os fungos que se alimentam da praga, são eles que promovem o controle biológico.

? Aqui eles se multiplicam, e colocamos no arroz, esse arroz é que vai para o solo ? diz Alaíde Krzyzanowski, pesquisadora.

Em uma área onde havia alto índice de infestação, o cafezal voltou a ser cultivado com uma variedade enxertada. O arroz com os fungos que se alimentam de nematóides foi enterrado próximo das raízes. A cada 150 dias, uma nova aplicação é feita para garantir o controle biológico.

? Aqui se plantava desde a década de 40. Estava feio, não dava para planta nada, perdíamos tudo com as doenças, mas agora vamos colher em breve ? declara o produtor Roberval Silva.

O controle biológico nos cafezais já é feito em regiões como Minas Gerais e São Paulo. Para as espécies de nematóides do Paraná, o experimento no campo é inédito. Em estufa, a técnica teve 100% de aproveitamento. A pesquisa deve ser concluída até agosto de 2012.

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