De acordo com os pesquisadores, o Amazonas tem 6,99 mil quilômetros da nascente, no sul do Peru, até a foz, no Estado do Pará. O Nilo tem 6,85 mil quilômetros da nascente, no Burundi, até o delta, no Egito.
O trabalho foi feito a partir da combinação de imagens de satélite de diversas fontes. Com isso, de acordo com os responsáveis pela pesquisa, foi possível associar a cobertura de grandes áreas com alto grau de resolução. O mesmo método foi aplicado sobre os dois cursos d’água e pode ser usado sobre qualquer rio do planeta.
O pesquisador Paulo Roberto Martini, que coordenou a medição do Amazonas e do Nilo, explicou que há também uma questão de conceito associada à metodologia. Segundo ele, há duas maneiras de medir a extensão de um rio. Uma é a partir do afluente que tem mais água e, considerando esse critério, o Amazonas já era o maior.
Outra maneira é medir a partir das vertentes mais distantes, independente da quantidade de água que flui. Com base neste critério os técnicos do Inpe contataram que o rio Amazonas supera o Nilo em extensão em 140 quilômetros.