A Universidade Federal de Mato Grosso está desenvolvendo uma pesquisa sobre perda quantitativa de produtos transportados em caminhões do campo aos portos. O estudo faz parte de um termo assinado em 2014, entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para quantificar o porcentual de arroz, milho e trigo que fica pelas estradas, e a forma de evitar isso.
Neste mês, a Conab repassou para a universidade dados históricos de remoção de grãos dos últimos cinco anos. A Conab informa, ainda, em comunicado, que as rodovias com maior fluxo desses produtos estão nos estados do Rio Grande do Sul (arroz), Mato Grosso (milho) e Paraná (trigo). Os pesquisadores estão coletando dados, preenchendo relatórios e verificando as condições de transporte desses grãos.
Também estão verificando a melhor tecnologia de transporte, com a utilização de velcro, lonas e outros materiais que possam bloquear esta fuga dos produtos.
Segundo os organizadores, as perdas de grãos transportados ocorrem de forma generalizada nos veículos de carga, por causa das estruturas dos caminhões graneleiros, que não apresentam contenção adequada dos produtos. Além disso, a condição do pavimento, ou seja, a conservação da rodovia também tem efeito na quantidade de grãos perdidos pelos veículos.
O resultado do trabalho deve ficar pronto nos próximos três anos. Outra pesquisa também aprovada pela Conab diz respeito à perda desses mesmos produtos nos armazéns brasileiros. Este trabalho vai ser conduzido por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nos estados de maior produção da Região Sul.