Amélio Dall’Agnol é um dos palestrantes da Caravana Soja Brasil no Paraná e comenta sobre custos de produção e mercado para esta safra
No segundo dia da Caravana Soja Brasil no Paraná, a equipe de especialistas chega a Maringá, a 463 km de Curitiba. Nos eventos do auditório móvel do Canal Rural há sempre a presença de especialistas no campo da pesquisa da soja. O pesquisador da Embrapa Soja Amélio Dall’Agnol é um dos palestrantes desta etapa da caravana.
• Caravana Soja Brasil chega ao Paraná em momento importante da safra
Dall’Agnol afirma que seu objetivo nas palestras é reforçar a importância do agronegócio para o Brasil. Segundo ele, esta é uma safra que está preocupando muito os produtores por causa da grande safra dos Estados Unidos, e ela pode interferir nos rumos do plantio de soja no país.
– Tento mostrar um pouco o que vai ser com a soja daqui pra frente, já que muita gente está preocupada com a enorme produção dos Estados Unidos, que pode superar os 106 milhões de toneladas. Vamos discutir o quanto isso vai afetar ao Brasil e, futuramente, se podemos continuar crescendo no plantio de soja ou se vai ter uma hora que nós vamos ter que parar porque tem uma superprodução – analisa.
Entretanto, Amélio Dall’Agnol se mostra otimista em relação ao mercado da oleaginosa. Na opinião dele, a demanda mundial é capaz de absorver a grande oferta desta safra.
– Eu sou positivo porque eu acho que nenhuma cultura dá mais rendimento que a soja. A demanda mundial, principalmente os países desenvolvidos, por causa do aumento da renda per capta, influi diretamente no consumo. Essa população procura soja. Eu não tenho dúvida quanto a isso (demanda segurar os preços da soja), todos os países do mundo consomem soja e só temos três grandes países produtores – Brasil, Estados Unidos e Argentina. Há uma demanda e eu não vejo o fim dela – reforça Dall’Agnol.
O palestrante da Caravana Soja Brasil ressalta também a importância da pesquisa como forma de auxiliar os produtores na redução de custos e no aumento de produtividade. Amélio Dall’Agnol reforça que o produtor deve sempre acompanhar a lavoura, buscando aumentar a renda reduzindo os custos de produção.
– A pesquisa busca formas de aumentar a produtividade de maneira sustentável. Às vezes, usar menos fertilizantes pode gerar mais produtividade. O produtor precisa fazer a adubação conforme as necessidades do solo, fazendo uma análise correta de solo. Essa é uma forma de aumenta a renda através dos custos – explica.
Veja a entrevista do pesquisador ao repórter Sebastião Garcia: