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Pesquisador usa papel de saco de cimento para fabricar tijolos

Tese de doutorado sobre o tijolo de resíduos de sacos de cimento foi defendida no final do ano passadoA resistência dos sacos de cimento será utilizada futuramente na construção civil de casas populares. Essa é a expectativa de Márcio Albuquerque Buson, professor da Faculdade de Arquitetura da UnB. Há bastante tempo, ele apoia famílias da comunidade do Varjão por meio de projeto de extensão da universidade. Durante as obras, ficava intrigado com o descarte adequado dos sacos de cimento.

? Ficavam num canto da obra, secavam até se tornarem extremamente duros ? diz ele. Esse fato chamou a atenção do professor.

Em 2006, Márcio iniciou pesquisa para doutorado, estudando a possibilidade do uso das fibras do saco de cimento na produção de material de construção. Foram feitos vários tipos de testes em laboratório com o material que comprovaram condições físicas e mecânicas e resistência mínima exigida à água e fogo.

? O material é extremamente resistente ao fogo e passou por testes em forno com mais de mil graus ? detalha.

Na constituição de um tijolo de 25 cm X 6,5 cm é necessário incorporar material reciclado equivalente ao kraft de um saco de cimento, segundo o inventor do novo produto. Conforme o solo (terra) utilizado, um pouco de cimento é usual na receita, em média, na proporção de 12%.

? Conseguimos baixar a quantidade de cimento por tijolo para 6% ? revela Márcio.

? Como no DF o solo é abundante, o tijolo praticamente saiu de graça ou com custo menor entre 40% a 50% do preço do produto convencional no mercado ? ressalta.

Outra vantagem do tijolo sustentável é a dispensa do processo de queima. Ele pode ficar aparente, inclusive, podendo baixar os custos de uma casa popular em até 20%.

A tese de doutorado sobre o tijolo de resíduos de sacos de cimento foi defendida no final do ano passado.

? Agora preciso fazer testes com sol e chuva. Quero fazer o protótipo de uma casa no canteiro experimental da faculdade e, depois de um ano, concluir se será possível lançar no mercado ? explica.

? Acho mais responsável assim ? enfatiza o professor, arquiteto e doutor da UnB.

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