Um dos desafios do setor sucroalcooleiro nos últimos anos tem sido encontrar variedades resistentes às condições climáticas, como a seca e o excesso de chuvas em algumas regiões, além de pragas, mas mantendo a produtividade e o teor de açúcar acima do normal. Países como Brasil – que é o maior produtor mundial da cana – a Indonésia, Argentina e China estão na corrida pra ver quem consegue lançar a primeira variedade de cana-de-açúcar transgênica.
O mercado, diante da necessidade de incremento na produção, já pressiona os pesquisadores. Os estudos são regulados pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, a CTNBI, e os trabalhos são todos submetidos à aprovação antes de chegar ao mercado.
Para se chegar até a variedade transgênica, são necessários pelo menos oito anos de pesquisas e testes. No CTNBI, são cerca de cinquenta pessoas ligadas diretamente à pesquisa. Segundo a coordenadora de biotecnologia da Comissão, Sabrina Chabregas, a expectativa é ter a primeira variedade comercializada nos próximos seis anos.