O levantamento geofísico nos lagos consiste na avaliação simultânea da espessura das camadas sedimentares depositadas no fundo desses lagos. Para o procedimento, foram usadas três fontes acústicas diferentes.
De acordo com o IPT, para o mapeamento da espessura da coluna d’água foi adotada a ecobatimetria de dupla frequência (38/200khz), método acústico que mede a profundidade do lago ao longo da linha de navegação, e o sonar de varredura lateral, que fotografou o fundo dos lagos e gerou imagens que possibilitaram a visualização de interferências, como estruturas de concreto antigas, tubulações, além de permitir a caracterização geológica do fundo do lago, definindo as áreas de ocorrência de areias, lamas e cascalhos.
Para medir a espessura da camada de assoreamento depositada no fundo do lago foi utilizada a perfilagem sísmica contínua, na qual as fontes acústicas são arrastadas pelo barco na superfície da água ? e, à medida que o barco se desloca, é possível observar a espessura de sedimentos depositados.
? Os sinais acústicos de baixa frequência emitidos pelo perfilador atravessam a coluna d’água e a coluna de sedimentos e mostram sua espessura ? explicou Luiz Antonio Pereira Souza, pesquisador responsável pelo estudo no IPT.
Segundo Souza, nas investigações de lagos, a resolução é mais importante que a penetração, já que nesses ambientes não há necessidade de penetrar dezenas de metros na superfície de fundo e sim medir espessuras centimétricas ou decimétricas da coluna sedimentar.
O objetivo final das investigações geofísicas programadas é gerar subsídios técnicos para a ASA Science, empresa contratada pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente no projeto de revitalização dos lagos dos grandes parques de São Paulo.