De acordo com a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos e líder da pesquisa que resultou no produto alternativo, Ilana Felberg, foram 18 formulações e nove meses de armazenamento até chegar à bebida instantânea à base de soja, que vem preencher uma lacuna no mercado brasileiro.
– A ideia era ter mais uma alternativa no mercado que atendesse às questões funcional e nutritiva e que pudesse ser adotada por pessoas que apresentassem alergia às proteínas do leite ou intolerância à lactose ou que não consumissem leite por opção, que são os vegetarianos – disse a doutora em ciência de alimentos.
– Ela (a bebida) não foi feita especificamente para um grupo, mas atende a quem tem algum problema em consumir produtos lácteos – esclareceu.
O produto, no entanto, não é recomendado a diabéticos, uma vez que a bebida possui açúcar na sua composição. Segundo Ilana, pessoas com problemas de gastrite ou que tenham insônia também devem evitar a bebida.
Para a pesquisadora, é possível que empreendedores que vierem a se inscrever no projeto Incubação de Agroindústrias se interessem em desenvolver alternativas do produto sem açúcar. No estudo, até chegar à bebida à base de soja, verificou-se também se os compostos presentes na soja e no café tinham algum impacto negativo no sabor quando colocados juntos.
A bebida mista contém compostos bioativos, como isoflavonas de soja, que vêm sendo relacionados a benefícios em relação a doenças como câncer, osteoporose e sintomas da menopausa, e também ácidos clorogênicos do café, que apresentam capacidade antioxidante, ou seja, antienvelhecimento.
O edital do projeto Incubação de Agroindústrias está com inscrições abertas até o dia 15 de janeiro.