De acordo com o pesquisador Henrique Nery, em Porto Velho foram plantados quatro clones amplamente difundidos no Brasil: 1277, VM01, GG100 e H13. As avaliações mostraram um rápido crescimento inicial.
– Considerando-se que o plantio recebeu somente uma adubação (de plantio), os números podem ser considerados muito bons para o VM01, bons para o GG100 e médios para o H13 e o 1277 – explica Cipriani.
Até o final do ciclo da cultura (em torno de seis anos), podem-se esperar alterações nesse ranking, contudo, esses resultados já são bons indicadores do ritmo de crescimento dos clones e da resposta à adubação. As parcelas que não receberam adubo, por exemplo, apresentaram altura média inferior à metade da altura das parcelas adubadas.
– O produtor que pretende colher bons rendimentos com a eucaliptocultura, deve investir em fertilização, como faria com uma cultura agrícola convencional – complementa o pesquisador.
Segundo Abadio Vieira, também pesquisador da Embrapa Rondônia, a região de Vilhena apresenta áreas propícias ao reflorestamento com espécies como pinus tropicais, que podem ser exploradas para produção de resina e madeira, e eucaliptos para uso múltiplo, como energia (lenha e carvão), poste para eletrificação, madeira para serraria, entre outros.
– Plantios comerciais de eucaliptos nesta região apresentam rendimento médio acima de 40 metros cúbicos por hectare ao ano. Porém estes rendimentos podem aumentar com a escolha adequada de espécies/clones e o manejo do reflorestamento – afirma Vieira.
Espécies de eucalipto são preferencialmente utilizadas devido ao seu rápido crescimento, capacidade de adaptação a diversas condições de clima e solo, assim como pelo potencial econômico de utilização diversificada de sua madeira.
– Clones como GG100, H13, VM01 e AT02, conhecidos pelo crescimento acelerado e plasticidade, podem ser plantados em diversas combinações de clima e solo, sem grande prejuízo na produção, e têm apresentado excelente desenvolvimento na região de Vilhena – comenta Abadio Vieira.