A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou na sexta-feira, 4, que 6,2 milhões de suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana. O número representa um incremento de 40 mil animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 27 de setembro.
A entidade informou também que onze novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Dos novos casos detectados, seis foram reportados na Coreia do Sul, quatro nas Filipinas e um em Mianmar. Com a atualização, a FAO estima 369 focos da doença espalhados pela Ásia, ante 358 do relatório anterior da organização.
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A revisão para cima no número de animais eliminados em virtude da infecção com o vírus ocorre principalmente à elevação no número de suínos descartados nas Filipinas. Agora, novos focos da doença foram identificados nas províncias de Bucalan e Luzon Island, num total de quatro casos, levando ao descarte de 22 mil animais. Segundo o Departamento da Agricultura do país, desde que o primeiro surto foi detectado em 9 de setembro, 15 casos foram registrados em quatro províncias, levando à eliminação de 37 mil animais.
No levantamento da sexta-feira, a FAO incluiu a identificação de novos seis focos da doença na Coreia do Sul, que levou à eliminação de 18 mil animais. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que desde que a doença foi notificada, duas cidades foram atingidas e 39,1 mil animais eliminados.
Em Mianmar, um novo foco foi relatado em aldeia de Tachileik e 32 animais foram eliminados. Desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo local em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com cinco focos e já levou ao abate sanitário 163 animais.
Nos demais países afetados pela doença no continente, Vietnã, China, Mongólia, Camboja, Laos e Coreia do Norte, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. O Vietnã tem a pior condição quanto ao volume de animais levados ao abate sanitário, com 5 milhões de animais eliminados.
No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu 63 províncias, desde o relato da doença em 19 de fevereiro. A situação mais crítica, em termos de extensão, continua sendo a da China, com 158 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1,1 milhão de suínos foram eliminados, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, levando à eliminação de 77 animais. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3,1 mil animais, aproximadamente 10% do plantel do país.
No Laos, desde a detecção da epidemia em 20 de junho, 94 focos foram relatados em 14 províncias e 25 mil animais foram eliminados. No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2,85 mil animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas.
Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado, por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.