Gávea está distante 190 quilômetros da costa fluminense. É um poço de águas bastante profundas. A perfuração realizada pelo navio sonda Stena Drillmax I, em águas de 2.708 metros de lâmina, atingiu a profundidade final de 6.851 metros. Nos comunicados postados na internet, as associadas ao consórcio limitam-se a falar na expressividade da descoberta, mas omitem o volume de óleo estimado no poço.
O Gávea integra o bloco BM-C-33, na região batizada de Parque das Baleias, tida, até hoje, como o maior reservatório do pré-sal na Bacia de Campos. A estimativa de reservas ali é de 3,5 bilhões de barris de petróleo equivalente nos seis poços abertos. Só nos dois primeiros poços abertos estimava-se uma reserva de 1,5 bilhão a dois bilhões de barris de petróleo equivalente.
De acordo com o comunicado pela Petrobras, o consórcio analisa os resultados do óleo extraído do poço antes de dar continuidade ao trabalho de exploração e avaliação da área.
A Petrobras é minoritária na composição do consórcio, com 30%. A Statoil, da Noruega, tem 35%. Também com 35%, a Repsol Sinopec é a operadora do consócio. Em dezembro do ano passado, a gigante espanhola Repsol e a petroleira chinesa Sinopec uniram-se para a exploração de blocos obtidos nas licitações brasileiras.
A Joint Venture é a companhia estrangeira que lidera os direitos de exploração petrolífera nas Bacias de Santos, de Campos e do Espírito Santo. Ela é a operadora em seis, em 16 blocos dos quais participa.
Segundo o divulgado pela Petrobras, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi informada em março deste ano sobre a existência de indícios de hidrocarbonetos no poço exploratório Gávea, para o primeiro nível. No mês seguinte, houve a comunicação formal de que também em um segundo nível foram encontrados indícios da existência de petróleo.