As instalações, na cidade de Marialva, no norte do Paraná, estavam inacabadas e foram adquiridas pela Petrobras e pela empresa gaúcha BSBIOS. As obras foram retomadas e a planta ficou pronta em cinco meses, um investimento total de R$ 100 milhões. O objetivo é tornar o Estado auto suficiente em produção de biodiesel e trabalhar com os agricultores familiares, que representam mais de 80% dos produtores agrícolas paranaenses.
A capacidade de produção da BSBIOS Marialva é de 127 milhões de litros de biodiesel por ano. Cerca 30% da matéria prima necessária para esse total deve ser adquirida de pequenos agricultores do Paraná. A direção da nova indústria anunciou apoio aos produtores familiares para o plantio de culturas que eles adotaram sem sucesso há alguns anos, como o girassol e a canola.
Segundo os empresários, o objetivo é obter oleaginosas alternativas à soja para reforçar o leque de opções da usina:
? Nosso trabalho inicia agora com a introdução da cultura da canola. Os incentivos diretos são assistência técnica garantida e específica para a cultura, a garantia de compra de toda a produção, um preço mínimo pré-definido para o custo de produção, ou seja, para o custo de 12 ou 13 sacas da canola por hectare nós já temos preço definido, e um bônus para a agricultura familiar ? explica o diretor superintendente da BSBIOS, Éramos Battistella.
A Petrobras Biocombustiveis tem unidades na Bahia, Ceará, Minas Gerais e Pará. Agora, com a unidade paranaense, a produção da estatal em todo o país pode chegar a 400 milhões de litros de biodiesel anuais ainda este ano.
? Mais um investimento da Petrobras importante na produção de biodiesel para o país. Nossa presença aqui é estratégica, nós queremos produzir biodiesel para abastecer o mercado do Paraná e também para abastecer o mercado de São Paulo. Essa é uma região que tem uma enorme capacidade de produção de matéria prima. Nosso compromisso é fazer com que 100% da matéria prima necessária para rodarmos a nossa usina seja adquirida aqui no Estado Paraná e nessa região ? afirma o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto.