– Esse volume pode variar um pouco, dependendo do direcionamento da oferta de cana para o etanol ou o açúcar, mas a safra será mais alcooleira, diante das boas perspectivas – afirmou.
O crescimento da oferta do biocombustível ocorrerá, segundo Rossetto, pela melhoria na qualidade da cana-de-açúcar, com a perspectiva de uma safra com maior produtividade, bem como pelos investimentos feitos nas lavouras.
– Entre renovação e ampliamos, nas três companhias, foram 60 mil hectares de cana – disse Rossetto.
Na produção de etanol e açúcar, a Petrobras é sócia minoritária da francesa Tereos nas usinas da Guarani no Estado de São Paulo e em Moçambique, do Grupo São Martinho na Nova Fronteira, no Estado de Goiás, e ainda detém o controle da Usina Total, em Minas Gerais. O executivo afirmou que a capacidade de moagem da safra deve crescer 18%.
Nas unidades, a capacidade de processamento é de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Segundo Rossetto, além do cenário de melhor qualidade e quantidade de cana para a safra 2013/2014, a perspectiva do setor de etanol é de aumento nas margens das companhias, com as medidas já anunciadas pelo governo.
Este mês, foi divulgado o aumento no preço da gasolina, que melhora a competitividade do etanol, e a ampliação da mistura do anidro ao combustível de petróleo, de 20% para 25%, a partir de 1º maio. Além disso, o governo estuda outras ações que podem incentivar os investimentos no setor, que estão praticamente estagnados, como a desoneração do PIS/Cofins para o combustível.
– Os movimentos do governo foram positivos. Criam um cenário de recuperação de margem. Entramos em 2013 com outro ambiente, mais positivo, em que os dois ministros (Guido Mantega, da Fazenda, e Edison Lobão, de Minas e Energia) reafirmam o compromisso estratégico do governo com a matriz renovável do etanol – disse Rossetto.
Rossetto prevê ainda que só o aumento da mistura do anidro à gasolina para 25% trará um crescimento da produção de etanol no país de 2,5 bilhões de litros na safra 2013/2014, a ser iniciada em abril. Já a exportação deve ficar estagnada, em 3,5 bilhões de litros, praticamente toda escoada para os Estados Unidos. O executivo evitou falar sobre possíveis aquisições da Petrobras Biocombustível diante do atual cenário otimista.
– Vamos ver – esquivou-se.