Obra do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Gasene recebeu investimentos de R$ 7,2 bilhões. Tem 1.387 quilômetros (km), capacidade para transportar até 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e gerou 47 mil empregos durante a construção.
Para a Petrobras, ao interligar uma rede de gasodutos que vai do Rio de Janeiro à Bahia, o Gasene cumpre a função estratégica de integrar as malhas de transporte de gás natural das regiões Sudeste e Nordeste, dando nova configuração à rede brasileira.
? Alem de duplicar a capacidade de fornecimento de gás natural para o Nordeste, o gasoduto dá maior confiabilidade e flexibilidade ao abastecimento da região e, em particular, ao estado da Bahia ? disse o gerente-geral da empresa, Marcelo Restun.
Segundo ele, a obra interliga a malha de gasodutos Centro-Oeste-Sul-Sudeste à do Nordeste, região que poderá passar a contar com a produção das bacias de Campos (RJ), Santos (SP) e do Espírito Santo.
As operações do Gasene serão iniciadas imediatamente. Na primeira etapa, a capacidade de transporte é de 10 milhões de metros cúbicos por dia, que poderá ser ampliada por meio de estações de compressão à medida que o mercado cresça, podendo chegar a 20 milhões de metros cúbicos diários.
? Com o gasoduto da integração, o país rompe uma fronteira: de um lado, o Sudeste, onde estão situados os principais campos produtores de gás e o maior mercado consumidor, e de outro, o Nordeste, que produz gás natural, mas em quantidade insuficiente para permitir o crescimento do mercado ? afirmou o gerente executivo da Petrobras, Antonio Castro.
De acordo com a estatal, os 20 milhões de metros cúbicos diários correspondem ao dobro do consumo médio do Nordeste em 2009, que foi de 9,8 milhões de metros cúbicos por dia (21,5% do consumo nacional).
As obras do gasoduto foram divididas em três trechos: Cacimbas-Vitória (130 km), Cabiúnas-Vitória (303 km) e Cacimbas-Catu (954 km). Os dois primeiros já estão prontos e em operação comercial. Com 954 km, o terceiro e maior trecho, o gasoduto Cacimbas-Catu (Gascac) foi concluído neste mês e recebeu ontem (25) autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para começar a operar.