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Petrobras inicia em julho produção de petróleo na Nigéria

Produção do campo deve chegar a 250 mil barris por dia em 2009A Petrobras inicia no dia 21 de julho a produção de petróleo na Nigéria, no oeste africano. O campo é o de Agbami, onde está prevista extração diária de 100 mil barris de petróleo leve. A informação é do gerente geral da Unidade de Negócios da Petrobras na Nigéria, Rudy Ferreira.

Segundo ele, no ano que vem, a produção do campo, explorado em parceria com a Total e a Chevron-Texaco, deve chegar a 250 mil barris por dia. Presente na Nigéria desde 1998, justamente quando foi descoberto o campo de Agbami, a Petrobras investiu cerca de US$ 2,2 bilhões no país africano para iniciar os trabalhos de exploração e desenvolver a produção dos campos onde atua.

Rudy Ferreira disse à Agência Brasil que, somente em Agbami, a estatal brasileira terá direito a cerca de 37 mil barris de petróleo por dia. Ele informou que a Petrobras tem participação em mais dois campos na Nigéria: Akpo e Engina. No campo de Akpo, também explorado em parceria com a Total e a Chevron-Texaco, o petróleo deve começar a jorrar no início do próximo ano. A produção é estimada em 185 mil barris por dia, dos quais 37 mil caberão à Petrobras.

? Isso significa que, em 2009, quando esses dois campos estiveram em produção, extrairemos algo em torno de 435 mil barris de petróleo por dia, dos quais 70 mil barris diários dizem respeito à nossa parte no empreendimento.

Sobre os investimentos de US$ 2,2 bilhões feitos pela estatal na Nigéria, Ferreira estima a tendência é de que se mantenham elevados pelo menos até 2013, quando a Petrobras colocará em produção o campo de Engina.

? Esse é um campo promissor já em fase de estudos de engenharia básica, que deve entrar em operação em 2013.

O Plano de Negócios da Petrobras para o período 2008-2012 prevê investimentos adicionais de US$ 1,4 bilhões na Nigéria.

?A produção, a partir de 2009 e pelos próximos cinco anos, deve ser de 25 milhões de barris por ano, pico que poderá se manter por mais algum tempo com a entrada em produção em 2013 do campo de Engina. Com ele, esperamos estender esse pico de 25 milhões de barris por dia por um prazo de oito anos ? calculou Ferreira.

Ele estima que, tomando como parâmetro o preço do barril a US$ 80, valor que está bem abaixo da cotação do óleo hoje no mercado externo, por volta dos US$ 130, a Petrobras terá receita média de US$ 2 bilhões por ano proveniente dos campos em que tem participação na Nigéria.

Para Rudy Ferreira, o início da produção em Agbami revela o acerto da decisão da Petrobras de diversificar seu portfólio (conjunto de títulos e ações) exploratório buscando novas áreas para serem prospectadas fora do país.

? A Petrobras usou sua experiência e seu conhecimento em águas profundas para trabalhar não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo onde existe ambiente semelhante ao nosso, como na Nigéria e em Angola (na costa oeste da África) e na parte americana do Golfo do México, onde nós também estamos presentes.

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