A meta de produção total para o horizonte de cinco anos apresentou um aumento em relação ao plano anterior, alcançando 3,993 milhões boed em 2015, sendo 3,070 milhões de bpd de produção de óleo no Brasil (543 mil boed referentes ao pré-sal). A meta de longo prazo apresentou significativo crescimento, passando de 5,382 milhões boed para 6,418 milhões boed em 2020 (4,910 milhões bpd referente à produção de óleo no Brasil). Segundo a estatal, este aumento se deve basicamente ao crescimento da participação da produção esperada do pré-sal e à introdução da produção nas áreas da cessão onerosa, realizada no processo de capitalização no ano passado.
O plano de negócio da Petrobras de 2011 a 2015 prevê, pela primeira vez, um desinvestimento de US$ 13,6 bilhões. Segundo a estatal, o objetivo do desinvestimento é dar maior eficiência na gestão dos ativos e rentabilidade à companhia. No plano, a Petrobras descarta uma nova emissão de ações e explica que a geração operacional de caixa se mantém como a principal fonte de financiamento do orçamento de US$ 224,7 bilhões previsto pela companhia até 2015. O fluxo de caixa para o período somará até US$ 148,9 bilhões.
“Os recursos adicionais necessários para o financiamento do Plano serão captados exclusivamente através da contratação de novas dívidas, junto às diversas fontes de financiamento que a Companhia tem acesso no Brasil e exterior”, diz o documento.
Exploração e produção
O plano de negócios da Petrobras de 2011 a 2015, divulgado nesta sexta, dia 22, prevê investimentos de US$ 127,5 bilhões para o segmento de Exploração e Produção (E&P), cifra que responde por 57% de todo o orçamento previsto pela estatal no período. No último plano, com vigência entre 2010 a 2014, a companhia estimava um valor menor de US$ 118,8 bilhões para esta área, o que correspondia a 53% do total orçado.
A maior parte dos recursos destinados ao segmento de Exploração e Produção vai para atividades no Brasil (US$ 117,7 bilhões), sendo 65% para desenvolvimento da produção, 18% para exploração e 17% para infraestrutura.
Pré-sal
Os investimentos no pré-sal correspondem a 45% do valor orçado para E&P no Brasil e aproximadamente 50% do montante reservado ao desenvolvimento da produção. Segundo a estatal, a participação do pré-sal na produção nacional de petróleo passará da estimativa de 2% em 2011 para 40,5% em 2020.
No plano, a Petrobras explica que o aumento da participação da produção do pré-sal na curva de produção está relacionado aos maiores investimentos nesses ativos e, principalmente, a elevada eficiência já comprovada nos Testes de Longa Duração (TLD) e projeto piloto de Lula (ex-campo de Tupi). O primeiro poço a produzir em escala comercial no pré-sal do campo de Lula já é o poço mais produtivo da companhia.