Os resultados foram divulgados pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa, que creditou o número negativo no trimestre em parte às variações cambiais, mas sem maiores efeitos desfavoráveis na empresa.
? A geração de caixa continuou estável na companhia. Ela não é afetada pelas variações cambiais, que afetam o resultado líquido. No entanto, a geração de caixa, que é muito importante diante do plano de negócios que nós temos a implementar, continuou no mesmo ritmo que vinha e até cresceu, de um trimestre para outro ? explicou Barbassa.
A venda de derivados de petróleo no mercado interno registrou alta de 4% no trimestre comparado ao trimestre anterior, com destaque para o diesel (+9%) e querosene de aviação (+6%).
? O consumo está crescendo acima do PIB [Produto Interno Bruto] no Brasil. Por fatores como distribuição de renda. O consumo, no conjunto, cresceu mais do que a produção no período. A produção cresceu 1%, comparado com o ano passado, e o consumo medido pela Petrobras cresceu 9% ? relatou.
As vendas de gás natural apresentaram alta de 8% no terceiro trimestre sobre os três meses anteriores, com destaque para o aumento no consumo de gás natural térmico, de 53 mil barris por dia no segundo trimestre deste ano, comparado a 73 mil barris por dia no terceiro trimestre. Em relação ao terceiro trimestre de 2010, houve declínio nas vendas de gás natural na ordem de 8%, comparado a igual período de 2011, causado pelo menor uso do combustível na geração de energia das termelétricas, graças ao melhor regime de chuva que alimenta as hidrelétricas.
A balança comercial da companhia, de janeiro a setembro, ficou negativa em 84 mil barris por dia, explicado pelo aumento no consumo de combustíveis no mercado interno. Nos nove primeiros meses do ano passado, a balança era positiva em 45 mil barris por dia.
? O efeito cambio é um grande redutor do resultado deste trimestre ? concluiu Barbassa.