Além da pressão, a Braskem viu neste caminho uma oportunidade de ampliar o seu mercado. Vem desenvolvendo novas tecnologias para plataformas industriais e também investindo em pesquisa e desenvolvimento de produtos mais sustentáveis. Internamente, quer busca diminuir a quantidade de recursos naturais, como água e energia, utilizados em sua produção.
? Acreditamos que este caminho é mais do que uma oportunidade setorial, é uma oportunidade também para o Brasil ? disse o vice-presidente da Braskem, Edmundo Aires.
Ele propôs a ampliação da base de competência científica, buscando maior ênfase na engenharia e biotecnologia.
? Precisamos criar valor, com competitividade, com produção de etanol de primeira e segunda geração. O Brasil pode usar o binômio inovação e sustentabilidade para inserção global em novas cadeias de valor.
Segundo ele, o cenário atual da petroquímica internacional favorece o Brasil.
? A Ásia está no caminho de se tornar o maior consumidor do mundo, num mercado disputado por petroquímicas chinesas, árabes e indianas. Nos Estados Unidos e Canadá, há um vácuo de liderança com a crise econômica e a Europa precisa de um novo modelo baseado em renováveis. Graças ao pré-sal e ao dinamismo da economia brasileira temos um cenário muito favorável.
A Braskem é a quarta maior empresa brasileira, sendo a segunda privada. Braskem e Quattor (do mesmo grupo) juntas representam 1,6% do PIB e geram R$ 7,4 bilhões em impostos por ano. Além disso, o grupo emprega 1 milhão de pessoas.
? Até 2012 deveremos ser a quinta maior petroquímica do mundo ? diz Aires.
Hoje a empresa exporta 95% da produção de biopolímeros. Para Aires, as oportunidades estão da combinação competitividade, sustentabilidade e produtos de alto valor agregado.
? Vamos reduzir o footprint (recursos naturais) ambiental, aumentar o portfólio de produtos sustentáveis, buscar aquisições estratégicas e investir em pesquisa e desenvolvimento.