A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RFB) fecharam um depósito de azeites contrabandeados da Argentina em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
A ação, resultado de uma denúncia anônima, aconteceu na semana passada, no bairro Porto Meira, próximo à Ponte Internacional Tancredo Neves, principal ligação com o país vizinho.
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Após monitorar o local, policiais identificaram um intenso movimento de pessoas entrando e saindo do imóvel, carregando fardos de mercadorias que eram entregues em estabelecimentos comerciais da região.
No depósito, as equipes da Polícia Federal encontraram centenas de produtos de origem estrangeira sem a documentação fiscal necessária, configurando crime de descaminho.
Entre os itens apreendidos estavam 370 galões de azeite de oliva da marca Valle Viejo.
O Brasil proibiu a importação e comercialização deste produto desde 2021, depois que análises laboratoriais revelaram adulterações em todas as amostras, caracterizando-o como uma mistura de óleos vegetais (soja, girassol ou canola) com baixo valor nutricional e potencialmente nocivo à saúde, especialmente para pessoas com sensibilidade a esses componentes.
A marca Valle Viejo, inclusive, não existe mais. Representantes legais da empresa que detinha a marca negaram qualquer relação com o produto encontrado em Foz do Iguaçu, confirmando que a produção do azeite foi descontinuada.
A polícia prendeu em flagrante o proprietário do imóvel e um funcionário responsável pela comercialização dos produtos. Eles foram encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para os procedimentos legais.
Para garantir a segurança na escolha de azeites de oliva, o Mapa recomenda aos consumidores:
- Desconfiar de preços muito abaixo da média de mercado.
- Consultar a lista de produtos irregulares apreendidos em ações do Mapa.
- Evitar comprar azeite a granel.
- Conferir a data de validade e os ingredientes contidos no produto.
- Optar por produtos com data de envase mais recente.