Pimentel assinalou que China e Brasil podem se beneficiar globalmente atuando em conjunto nas áreas em possuem excelência tecnológica. O ministro citou o exemplo da associação entre os dois países em aviação (em junho, a Embraer acertou a criação de uma joint-venture com a Avic Harbin para fabricar jatos executivos no país asiático) e disse também que tem boas perspectivas nas áreas de informática e telefonia e no setor automobilístico.
Segundo o ministro, chineses e brasileiros devem garantir condições para que empresas brasileiras fabriquem e empreguem na China, assim como o contrário.
– Temos interesse em levar empresas chinesas para o Brasil e aprender com elas. Em contrapartida, queremos a China também receba as empresas brasileiras que têm excelência tecnológica e podem contribuir para o crescimento de sua economia – afirmou.
De acordo com o vice-premier asiático, a relação bilateral está assentada em uma base ampla (as trocas comerciais entre os dois países ficou próxima dos US$ 80 bilhões em 2011) e há grande complementaridade e boas perspectivas para as duas economias.
– Consideramos o Brasil fornecedor de longo prazo e seremos compradores de longo prazo do país nas áreas de minério de ferro e agricultura -, assegurou, afirmando que a parceria global entre os dois países é visível em todas as áreas.
Qishan também salientou que as duas nações têm vantagens comparativas em relação a terceiros e citou a parceria estratégica na área de aviação como um exemplo de investimento em inovação.
– A China está cada vez mais ligada ao Brasil. Temos mantido frequentes contatos de alto nível, o que nos permite explorar cada vez mais negócios. Esse relacionamento também se estende aos organismos multilaterais -, sublinhou, elogiando a atuação dos dois países nos BRICs e no G-20.