Ele disse que encaminhou uma carta à ministra da Economia daquele país, Débora Giorgi, cobrando o cumprimento do acordo feito em fevereiro pelos dois países para evitar que as exportações brasileiras sejam prejudicadas pelas barreiras do governo argentino. Na ocasião ficou acertado que os dois países criariam uma comissão para analisar as barreiras ao comércio exterior.
A Argentina ampliou de 400 para 600 itens a lista de produtos brasileiros sujeitos a licenças não automáticas.
? Eu fiz uma correspondência para Débora Giorgi relatando a situação e pedindo à ministra que tome as providências necessárias ao cumprimento do que combinamos no começo do ano ? afirmou Pimentel.
Segundo ele, os relatos dos setores exportadores brasileiros mostram que a Argentina continua ultrapassando o prazo de 60 dias para a concessão de licenças não automáticas e coloca dificuldade na liberação da mercadoria durante o despacho aduaneiro na fronteira.
? Então não está uma coisa muita correta. Vamos aguardar mais um pouco, até o final da semana, para ver se há uma mudança ? informou o ministro.
Ele, no entanto, não quis antecipar quais medidas de retaliação o Brasil poderá adotar contra as exportações argentinas para o Brasil.
? Eu não quero falar porque essas coisas não são anunciadas de antemão. Temos sempre que dar um crédito de confiança ao governo argentino ? disse.
Pimentel lembrou que a balança comercial bilateral é superavitária para o Brasil.
? Queremos defender nossos exportadores. Queremos que a Argentina adote práticas condizentes com a relação que temos com eles, mas não podemos esquecer que o saldo é positivo para nós ? ressaltou.
Pimentel disse estar confiante que o problema será resolvido.