Pirataria de novas variedades de flores impactam negativamente no setor

Prática gera concorrência desleal entre os produtores que pagam direitos e aqueles que não pagamA pirataria é uma nova ocorrência que tem impactado o setor da floricultura no Brasil. A infração ocorre quando uma nova variedade modificada geneticamente passa a ser produzida sem autorização. A prática gera concorrência desleal entre os produtores que pagam os direitos e os que não pagam.

As novas variedades de flores surgem depois de anos de estudos. Quando elas chegam ao mercado valem mais e atraem a atenção dos consumidores. Mas a reprodução das mudas é algo sério, que pode trazer consequências.

Imagine um produtor que gostou de uma flor, plantou e começou a vender em escala comercial. Com esta simples ação ele pode estar praticando a chamada pirataria de flores.

? É isso mesmo. Se este material estiver sob proteção, esta ação pode levar a multas e indenizações. Para o produtor saber a procedência da flor, a primeira observação é adquirir com registro fiscal, nota e o nome da variedade ? disse Silvia Von Roojien, presidente da Câmara Federal Setorial de Flores e Plantas Ornamentais.

O produtor rural Luciano Van Der Heijden está na atividade há quinze anos e sempre busca novos tipos de flores para inovar a produção. A cada nova variedade utilizada ele paga as taxas necessárias.

? A princípio pode achar que é um custo maior, mas no final das contas é melhor porque está sempre na frente com novidades ? falou Luciano Van Der Heijden.

O produtor ainda não sabe precisar quanto já perdeu devido à pirataria de flores e a consequente concorrência desleal.

? Já perdi bastante, em torno de 10% de cada planta que eu vendo eu perco porque este é o valor que eu pago para o detentor da variedade ? observou Luciano Van Der Heijden.

Para manter a produção em alta e sem riscos ele dá a dica.

? Eu procuro empresas credenciadas, representantes legais e trabalho com nota fiscal, os representantes vem fiscalizar e isso me dá segurança para pagar a taxa em cada produto que eu vendo ? detalhou Luciano Van Der Heijden.

Os produtores interessados em conhecer as variedades protegidas por lei podem acessar o site do Ministério da Agricultura.