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Plano Safra 2021/2022 deve ser lançado na próxima terça-feira, 22

Definição da data do anúncio aguardava a reunião do Conselho Monetário Nacional, que está marcada para a próxima segunda-feira; o ministério ainda não revelou quais serão as taxas de financiamento deste ciclo

O Plano Safra do ciclo 2021/2022 deverá ser lançado na próxima terça-feira, 22, em cerimônia com início às 16h30, conforme apurou a equipe do Canal Rural em Brasília, junto a fontes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A definição da data do anúncio aguardava a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão responsável por validar as taxas de juros e demais condições do plano agrícola e pecuário, e que está marcada para acontecer na próxima segunda-feira, 21, às 15h.

O conselho é formado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal. O CMN é responsável pela chancela de políticas de crédito na instância federal.

O que se sabe sobre o Plano Safra até agora

O Mapa ainda não confirmou qual será a taxa de juros dos recursos equalizados, ou seja, dos recursos que serão subsidiados pelo governo e destinados a beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A taxa de juros mínima nessa modalidade do atual Plano Safra é de 2,75%, mas essa porcentagem deve aumentar.

Fontes ligadas ao assunto no ministério dizem que as taxas para a agricultura familiar devem ficar entre 3% e 6%. O Mapa trabalha para manter o índice mínimo em 3%.

Esse aumento é tido como inevitável, devido a conjuntura macroeconômica. A taxa básica de juros, a Selic, está maior do que no lançamento do Plano Safra 2020/2021 (valor era de 2,25% na época). Além disso, o aumento da inflação e da variação do dólar pressionam os custos financeiros. Na ala técnica dos ministérios da Economia e Agricultura, o aumento de taxas é dado como certo.

No início das negociações sobre o Plano Safra 2021/22, a ministra Tereza Cristina havia solicitado R$ 15 bilhões ao Tesouro Nacional para equalização das taxas de juros. Mas, interlocutores afirmam que, nesta reta final de negociações, Tereza Cristina tenta um acordo com o chefe da Economia, o ministro Paulo Guedes, de destinação de R$ 16,4 bilhões.

Em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realizada no início do mês, o diretor de Financiamento e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, já havia anunciado que a cifra de R$ 15 bilhões seria capaz de proporcionar apenas um Plano Safra 21/22 nos mesmos moldes do atual. No Plano Safra 20/21, o Tesouro disponibilizou R$ 11,5 bilhões para equalização e o montante total de recursos foi de R$ 236,3 bilhões.