Foi divulgado nesta terça-feira, 6, pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que o desempenho favorável do crédito rural refletiu um incremento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, em apenas três meses do Plano Safra 2020/2021, produtores rurais e agroindústria contrataram R$ 73,8 milhões para financiar a atividade agropecuária, florestal e pesqueira.
O crédito com industrialização teve alta de 17%, equivalente a R$ 5,1 bilhões. A comercialização teve aumento de 4%, totalizando de junho a setembro R$ 6,5 bilhões. Nos investimentos o desempenho foi de R$ 19,6 bilhões, uma elevação de 72% do valor contratado, comparando ao mesmo período de 2019. Os principais programas de investimento foram o Moderagro (R$ 658 milhões), Moderinfra (R$ 246 milhões), Inovagro (R$ 1 bilhão), Moderfrota (R$ 4 bilhões), PCA (R$ 556 milhões) e ABC (R$ 1 bilhão).
De acordo com o diretor de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, o principal motivo para o crescimento da demanda por crédito rural foi as condições favoráveis do mercado interno e externo, resultantes do crescimento da demanda e alta do dólar.
“O desempenho observado nessa fase inicial do Plano Safra, em algumas linhas de investimento, supera o que ocorreu ao longo de todo o ciclo da safra anterior. Isso evidencia o bom momento pelo qual atravessa o agronegócio brasileiro e a confiança dos produtores rurais, nas atividades a que se dedicam, também no médio e longo prazo”, avalia o diretor.
Entretanto, as contratações de crédito rural com recursos da fonte LCA tiveram redução de 17%, totalizando R$ 7,1 bilhões. Isso porque houve uma queda nas emissões de LCA, observada no período de maio a agosto. Por ainda não estarem disponíveis, os financiamentos destinados a aquisições de títulos do agronegócio, pelos agentes financeiros, e das operações de crédito agroindustrial pelo Banco do Brasil, não puderam ser contabilizadas.