O governo federal lançou nesta terça-feira, 22, no Palácio do Planalto, o Plano Safra 2021-2022, que contará com R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, um aumento de 6,3% ou R$ 14,9 bilhões a mais em relação ao plano anterior. Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de 2021 a 30 de junho de 2022.
No entanto, segundo avaliação do especialista em crédito rural José Carlos Vaz, de maneira geral o plano é bom, mas quem “sai perdendo” no atual modelo é o médio produtor.
“É um plano bom, dentro dos possíveis. A partir do momento que fazemos apenas as coisas impossíveis e abandonando os ideais, a gente fica com as realidades idealizadas cada vez mais distante. Para os pronafianos, temos volumes de razoáveis para bons. Os grandes produtores já dependem menos do crédito controlado, mas o destaque preocupante é que ficou nítido a implementação na prática de uma estratégia do Ministério da Economia que pode preservar a política agrícola apenas para os pequenos produtores”, disse.
Segundo ele, para os demais produtores há uma taxa razoável, mas que “mas se abriu uma vala entre os pequenos bem assistidos e os grandes e, nessa vala, tem o médio produtor. Para esses, a situação continua ruim”, concluiu.