O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Paulo Bertolini, criticou a participação de R$ 16,3 bilhões em subvenção do Tesouro Nacional anunciada na quarta-feira (3), no Plano Safra 2024/25, considerando o montante insuficiente.
Bertolini, que também é presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (Cseag) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), disse que a entidade havia pedido R$ 22 bilhões quando foi consultada pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário para a elaboração do Plano Safra 2024/25.
Ele afirmou, ainda, que as taxas de juros tiveram pouca redução, com algumas acima da taxa Selic. Criticou a falta de recursos para seguro agrícola, que acredita deveriam ser o dobro do valor, e também algumas linhas especiais focadas em produtores de milho, como para irrigação.
“Comparativamente, você vê que a agricultura brasileira inteira tem subvenção menor do que a cultura, de R$ 16,7 bilhões”, acrescentou. “Nada contra a cultura, mas considerando o tamanho do País e do agro brasileiro, sem separar o pequeno produtor do grande, a agricultura brasileira está recebendo muito pouco perto do que ela deveria.”