Caso aconteceu na cidade de Valley City, no estado de Dakota do Norte, nos Estados Unidos. Analistas brasileiros especializados no país dizem se isso trará impacto à produção americana
Daniel Popov e Sabrina Nascimento, de São Paulo
Algumas imagens de uma lavoura de soja coberta por neve chamou a atenção e estão circulando pelos grupos de mensagens e redes sociais. Nelas é possível ver duas colheitadeiras ilhadas em meio a uma imensidão branca e outra mostrando a soja já pronta para a colheita enterrada na neve. Algumas emissoras de televisão americanas confirmaram que o caso aconteceu na cidade de Valley City, no estado de Dakota do Norte, Estados Unidos. Analistas brasileiros que acompanham o mercado norte-americano comentam o caso.
A emissora de televisão KVRR Local News, localizada em West Fargo, também no estado de Dakota do Norte, confirmou o caso entrevistando alguns produtores de Valley City. O fato parece ter acontecido entre os dias 10 e 11 de outubro. Em entrevista à emissora o sojicultor Brad McKay disse que nem ele, nem seu pai, haviam visto uma situação assim nessa época do ano. Assista aqui!
Analistas brasileiros especializados no mercado norte-americano, confirmaram a queda da neve, mas disseram que os efeitos negativos não podem ser medidos por um caso tão pontual. “Boa parte da soja desta região já foi colhida, essa área deve ser de soja tardia. Então se tiver algum impacto negativo, será mínimo. Vale ressaltar que as chuvas que aconteceram antes disso podem ter causado prejuízos”, diz o analista Tarso Veloso, da consultoria ARC Brasil.
Já o analista Pedro Dejneka, da consultoria MD Commodities, disse ao programa Mercado & Companhia, do Canal Rural, que a safra dos Estados Unidos terá ajustes finos até o final da colheita, mas nada generalizado ou que altere muito as estimativas atuais. “O país teve problemas, como as chuvas que atingiram Iowa, mas essa neve não afetará muito a safra americana. Produtores de Dakota do Norte já estão acostumados com isso e essa neve foi normal. Se isso tivesse acontecido em setembro ela traria prejuízos”, diz Dejneka.