A ideia surgiu em 2008 e recebeu o apoio das famílias. Em parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura e a Associação de Produtores Rurais, a Epagri fez testes com a cultura, buscou apoio e prestou assistência técnica para os agricultores. A produção cresceu rápido. Na safra 2011/2012, a área plantada atingiu 30 hectares em dez propriedades, alcançando cerca de 90 toneladas – um avanço de 110% em relação ao primeiro ano.
Para o extensionista, se o girassol servisse apenas para fazer rotação de culturas já proporcionaria um ganho considerável no rendimento dos outros cultivos.
– Além de melhorar a qualidade do solo, a rotação traz benefícios no controle de pragas e doenças – explica.
Vantagens
As sementes de girassol também se transformam em subprodutos que geram economia e reforçam o orçamento familiar. Um deles é o biocombustível, que pode ser usado nas máquinas agrícolas. Outro produto é o óleo comestível extravirgem rico em ômega 3, que ajuda a melhorar a alimentação das famílias. A produção de mel também ganha um reforço com a florada.
Da extração do óleo das sementes ainda resulta a torta de girassol, um alimento nutritivo e proteico que pode ser fornecido para os animais.
Manejo simples
A produtividade em Bocaina do Sul varia entre 1,5 ton/ha e 2 ton/ha. A cultura tem manejo simples e exige pouca mão de obra. Segundo o extensionista da Epagri, as máquinas que plantam e colhem milho também servem para o girassol.
A colheita é beneficiada em uma máquina pertencente à Associação de Produtores e adquirida pela prefeitura com apoio do governo do Estado. Graças ao girassol, o município também conseguiu recursos para modernizar a patrulha agrícola.
Com apoio da Epagri e incentivo do governo do Estado, que libera recursos para aquisição de sementes e boro, a cultura já se expandiu para municípios como Capão Alto, São José do Cerrito, Palmeira, Ponte Alta e Otacílio Costa.