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Plantas resistentes ao glifosato deixam produtor de MT em alerta

Além das já tradicionais ervas invasoras, uma nova espécie começa a deixar o agricultor em alerta: o Amaranthus palmieri

Canal Rural | Mato Grosso

Os produtores de Mato Grosso estão em alerta com a presença de plantas daninhas resistentes ao herbicida glifosato. Além do capim amargoso, que já causou grandes prejuízos na safra passada, desta vez o Amaranthus palmieri, que já ganhou resistência no algodão e agora pode prejudicar a produção de soja.

– A resistência das ervas daninhas ao glifosato pode trazer, de imediato, aumento de custo, problemas no controle das plantas daninhas que podem acarretar na diminuição de produtividade. Nos Estados Unidos, já é um problema crônico e, com certeza, poderá se agravar no Brasil – afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk.

O presidente do Sindicato Rural de Tapurah, Silvésio de Oliveira, também está preocupado. É que o Amaranthus palmieri já apareceu no município.

– Não tem nenhum produto químico que faça o controle desta erva daninha, é mais preocupante que as outras ainda. Ela tem que ser feita com controle manual, na enxada, mas no nosso modelo de produção é inviável – diz Oliveira.

• Soja para controle de invasoras resistentes ao glifosato é lançada comercialmente

O Amaranthus foi encontrado em lavouras de algodão neste ano, mas quem produz soja acompanha com atenção. Por não possuir um produto eficaz para exterminar a planta invasora, o órgão de defesa vegetal do estado publicou uma instrução normativa sobre o assunto.

– Antes da publicação da norma, nós discutimos com as classes produtoras o que teria que ser feito e o que eles esperavam do estado em relação à erradicação desta praga. A instrução vem a disciplinar o que o produtor deve fazer. Estamos acompanhando semanalmente a erradicação da praga nas propriedades – comenta o coordenador de Defesa Vegetal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Ronaldo Medeiros.

– É por isso que temos que melhorar as boas práticas, não usar subdosagens e não fazer sucessão de culturas resistentes ao glifosato, por exemplo, para não prolongar o uso do produto. É uma questão de bom senso, que é a principal ferramenta para garantir maior longevidade do produto – ressalta Tomczyk.

Produtor de olho

O agricultor Nelci José Lorenzzi tem perdido o sono por causa das pequenas moitas de capim amargoso espalhados por sua propriedade. A planta invasora apareceu na safra passada e passou a ser uma grande preocupação, principalmente depois que ele percebeu que o herbicida mai utilizado no mundo não estava mais funcionando. O jeito foi investir em um manejo diferente, e deu certo. Agora, o produtor vai repetir estas práticas nesta safra.

– É mudar o princípio ativo que você usa e de que maneira. Você planta o milho RR e usa o glifosato. No plantio da soja, usamos a variedade convencional e usamos outro herbicida e acaba controlando com facilidade – orienta Lorenzzi.

Veja a reportagem:

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