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Plantio do arroz é aberto oficialmente no Rio Grande do Sul

Produtores estão preocupados com custos de produção e com a influência do El NiñoO aumento do custo de produção e a preocupação com o clima nortearam a abertura oficial do plantio do arroz no Rio Grande do Sul, promovido pela Federação das Associações dos Arrozeiros do Estados (Federarroz), o evento foi realizado no parque de exposições Assis Brasil, em Esteio, onde, a partir de amanhã acontece a Expointer 2014.

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O Rio Grande do Sul vai ter que enfrentar custos de produção até 15% mais altos este ano e um clima instável nesta safra. O presidente da Federação diz que os custos podem afetar os preços pagos ao produtor, e que o cenário é de muita cautela.

– Para este ano, o principal vilão da inflação dos custos que temos na lavoura é a energia elétrica, ela subiu somente na área de concessão da AESSul, 30% e na CEEE, fatalmente, terá o mesmo reajuste. A energia elétrica impacta desde a irrigação, na secagem e armazenagem, até a indústria, sem falar no varejo, ou seja, o consumidor estará disposto a pagar todo esse custo…fatalmente não – calcula Henrique Dornelles, presidente da Federarroz.

De acordo com Dorneles, o preparo do solo já está atrasado e, se o El Niño ganhar intensidade, áreas de várzea podem diminuir.

– Hoje, o produtor vive um certo estresse, na medida em que nós não temos uma área considerável. Pelo histórico, estamos atrasados para o preparo do solo, à medida que ele é atrasado, o plantio poderá ser afetado também. Se tu atrasar o período do plantio, tu já tem comprometido o potencial produtivo – diz o presidente.

Apesar dos problemas causados pelo clima, o produtor ainda pode conseguir bons resultados fazendo uso de tecnologias. De acordo com especialistas, a estratégia vale para pequenos, médios e grandes produtores.

– A gente sempre diz que, nesses anos mais complicados, que o planejamento e gestão da lavoura fazem o diferencial. Hoje, a tecnologia está disponível a qualquer produtor, independente do tamanho da propriedade. Uma estratégia que eu vejo é a utilização de aviões, uma ferramenta essencial em um ano como esse, e o custo que teria pelo uso da aviação agrícola, seria compensado pela não redução da produtividade – sugere o agrônomo do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) Rodrigo Schoenfeld.

O pesquisador orienta os produtores para estarem atentos à época de semeadura, considerada a fase que mais influência a produtividade.

– Eu prefiro semear numa condição não tão boa de solo, do que arriscar perder a época de semeadura. Em anos como esse, a janela de semeadura geralmente é menor. Estima-se que em setembro e outubro, tenha-se 12 dias de semeadura. Uma estratégia que o produtor pode adotar é terceirizar o serviço de plantio e semeadura. Naqueles 45 dias iniciais da lavoura, fundamentais, que decidem 75% dos resultados finais, ele não deve perder o momento de aplicação, controle de plantas daninhas, aplicação de ureia. A pior estratégia, se confirmarem as previsões, é perder o momento de aplicação – reforça o agrônomo.

Mercado

A demanda pelo arroz no mercado interno está diminuindo nos últimos cincos anos. Mesmo assim, a tendência de preços é positiva, diante do aumento das exportações.

– A gente está conseguindo exportar pra África, pra outros países da América do Sul, o que ajuda a enxugar a disponibilidade interna e, automaticamente, ter uma sustentação em preços. Estamos terminando o ano safra e iniciando o novo, nessa transição, tudo indica que no final de 2014 a gente tenha os menores estoques de passagem dos últimos dez ou 15 anos no Brasil. Uma situação favorável, que alavanca as cotações – indica o analista do Cepea Lucillo Rogério Aparecido Alves

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