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GO: plantio atrasado não limita expectativa de safra recorde

Clima não colabora e assim como Mato Grosso, os produtores goianos tem que esperar a volta das chuvas para iniciar o plantio

Assim como outros estados do Centro-oeste, a falta de chuvas em Goiás está atrasando o inicio da semeadura, autorizada desde o inicio do mês de outubro, após o fim do vazio sanitário. Mesmo com este percalço, a expectativa é de uma boa safra, com elevação de 2% na área e uma produção recorde de 10,38 milhões de toneladas de soja.

O início desta safra de grãos em Goiás está sendo marcado pela cautela, isso porque as chuvas ainda estão muito inconstantes na região e até mesmo os produtores que arriscaram plantar após as primeiras chuvas, decidiram interromper os trabalhos no campo com receio da descontinuidade das precipitações.

Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO), a recomendação é aguardar a umidade adequada, evitando assim a formação desuniforme da população de plantas, que pode levar à necessidade de replantio. “Replantar é um processo caro, trabalhoso e possivelmente mais dificil este ano em função da reduzida oferta de sementes”, comenta Bartolomeu Braz Pereira, presidente da entidade. “Para a região Sudoeste, há expectativa de avanço no cultivo mais ao final de outubro. Já no Centro-norte goiano, o plantio deve se firmar em novembro.”

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Mesmo sem chuvas e plantio as expectativas para a temporada são boas. O primeiro levantamento da safra 2016/2017 realizado pela Aprosoja-GO, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), calcula a produção recorde de 10,38 milhões de toneladas de soja em 3,35 milhões de hectares, área 2% maior em relação ao último ciclo.

No caso do milho verão, a tendência em Goiás é de ampliação das lavouras para 260 mil hectares. A estimativa de incremento de 10% na comparação com o ano anterior é justificada pelo cenário de preços ainda remuneradores do cereal e também pela necessidade de cumprimento de contratos da safrinha encerrada em agosto, que apresentou quebra de até 50% em alguns municípios. Segundo os números da Aprosoja-GO e Faeg, a primeira safra de milho deve chegar a 1,95 milhão de toneladas.

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