Mas o Rio Grande do Sul não fica atrás. Dados do último informativo conjuntural da Emater mostram que, na metade norte, onde se encontra a totalidade da área comercial da canola, a lavoura se encontra em plena floração e com boa sanidade até o momento. A estimativa é de que cerca de 23 mil hectares da cultura estão sendo cultivados nos três Estados do sul.
O agrônomo da Emater, Athaídes Jacobsen, afirma que o interesse das indústrias, principalmente para a produção de biodiesel, ajuda a fomentar a cultura.
– Temos um fator importantíssimo que é a indústria interessada em adquirir este grão e estabelecendo contratos com os produtores na hora da semeadura. Então o produtor que planta tem o mercado garantido e uma definição para parte da produção, pelo menos naquele volume necessário para cobrir as despesas de custeio – afirma Jacobsen
O produtor de Ernestina, Ivanor Kuhn, não conhecia a cultura. Ele usava a área com plantação de trigo. Hoje ocupa 34 hectares com a canola. O produtor não se arrepende da escolha, e afirma que é uma garantia certa de renda.
– A gente não tinha outra opção, porque canola eu não conhecia. Aí eu plantava trigo ou aveia. Só que não recebi pelo trigo que eu plantei. Então eu pensei que trigo não dá mais, vou ter que ir para outro lado. Aí fiz uma parceria com uma empresa de biodiesel e firmamos um contrato. E a canola é uma planta garantida, no momento que fizemos o contato eu fechei o contrato com a empresa. Tudo com preço garantido e mercado garantido – ressalta o produtor.