Passado o vazio sanitário da soja, os agricultores da Bahia se preparam para o plantio da safra 2019/2020. Segundo Associação de Agricultores e irrigantes da Bahia (Aiba) alguns produtores com pivôs já começaram a formar suas lavouras, mas a agricultura sequeira está mais cautelosa e aguarda a regularidade das chuvas para iniciar os trabalhos. A perspectiva é que isso deve acontecer a partir do dia 11 de novembro.
Segundo a entidade, os cenários climático e agronômico são favoráveis para a região, criando uma boa expectativa de safra. A previsão é que o oeste da Bahia colha no próximo ciclo algo em torno de 6,4 milhões de toneladas de soja. O número representa um incremento de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior. Se confirmada as estimativas, a próxima safra deve se equiparar à de 2017, considerada melhor média histórica da região.
O assessor de agronegócios e membro do Conselho Técnico da Aiba, Luiz Stahlke, explica que a tendência é os números melhorarem ano após ano, devido ao investimento que se foi feito em fertilização e cuidado da terra, o que permitiu alcançar um bom perfil de solo e, consequentemente, aumentar a produtividade em campo.
“Os resultados da safra se devem mais ao aumento da produtividade do que da área cultivada, e isso se deve aos esforços dos produtores em investir em tecnologia rural. Como passamos o período mais crítico de estresse hídrico na região, a tendência é manter ou até superar os patamares atingidos. Com a normalização das chuvas acreditamos que teremos boas lavouras formadas e uma colheita expressiva”, diz Stahlke.
A soja é o carro chefe, mas a região é celeiro produtivo de algodão, milho, feijão e outras culturas em menor escala. Após o plantio da oleaginosa, deve iniciar também o plantio dos outros grãos e da fibra. A produção de soja e algodão é quase toda para exportação, tendo como principais destinos os países asiáticos. Já o milho e feijão abastecem o mercado interno, mais especificamente o Nordeste brasileiro.
A agricultura é a mola propulsora da economia regional. O segmento gera, só no oeste baiano, cerca de 95 mil postos de trabalho diretos e indiretos, além de, sozinho, representar mais de 23% da economia do Estado, segundo recente levantamento da superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).