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Plantio direto reduz perdas por causa da seca no norte do Rio Grande do Sul

Técnica mantém umidade do solo e ameniza prejuízos durante estiagemNo norte do Rio Grande do Sul, na região de Não-Me-Toque, produtores de soja que investiram em plantio direto na palha vão colher mais de 60 sacas por hectare, mesmo com duas estiagens superiores a 20 dias.

Enquanto estimativas apontam que o Estado gaúcho deva perder mais de 15% em produção este ano, alguns produtores da cidade são exceção neste cenário de prejuízos por causa seca. O agricultor Robinson Barbosa é um destes exemplos, e explica que o plantio na palha sobre culturas anteriores forma uma espécie de colchão que impede a evaporação da água e a penetração excessiva de sal na planta.

O produtor, que tem previsão de ultrapassar as 70 sacas por hectare, aplica o plantio direto em sua propriedade desde a década de 1980, e não pretende mudar de tática:

– Todo ano, juntamente com tecnologia, melhores variedades, melhores maquinários, cada vez a produtividade é maior – afirma.

O resultado de Barbosa graças ao plantio direto tem atraído mais e mais produtores da região. Segundo o engenheiro agrônomo da Cotrijal Robinson Barbosa, só na cooperativa praticamente 100% dos cooperados usam a técnica.

– É um manejo que está se estabelecendo, aumentando, em função de preservar o nosso solo e evitar que nós tenhamos problemas com erosão –

O especialista salienta que, ao contrário do que alguns produtores imaginam, investir em plantio direto é um custo válido. Apesar do investimento inicial em substituição de maquinário, o valor se dilui ao longo dos anos e retorna em forma de otimização do solo.

– É mais em conta tu fazeres um plantio direto do que nós pegarmos hoje e revolvermos todo esse solo – explica.

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